Crises de Ansiedade e Ataques de Pânico: O que preciso saber?
- Psi Alessandra Ribeiro

- 2 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
A ansiedade é uma emoção comum de todos os seres humanos e está presente durante toda a vida. Quando você tem algo importante, difícil, desafiador ou inesperado, ela aparece, na tentativa de te impulsionar para o enfrentamento.
Aquele friozinho na barriga, aquela tensão por algo novo, o contar dos minutos por alguma coisa específica, a expectativa que gera um movimento e busca por sonhos: a ansiedade é uma emoção boa, acredite!
O que acontece é que algumas vezes, essa emoção fica disfuncional e acaba passando dos limites considerados saudáveis.

Quando essa ansiedade (específica por algo) se torna muito relevante e prolongada, disparando sintomas físicos desagradáveis como falta de ar, palpitações, tonturas etc., chamamos de crise de ansiedade.
Agora imagine um cenário com esses sintomas potencializados: é o que chamamos de ataques de pânico.
As diferenças entre uma crise de ansiedade e ataques de pânico estão primeiramente, nos fatores desencadeantes: enquanto a crise de ansiedade é uma resposta exagerada gerada por algo específico, nos ataques de pânico, o indivíduo não tem clareza a respeito dos fatores que desencadearam, as sensações parecem “vir do nada”, a qualquer hora e lugar.
A intensidade dos sintomas e a ocorrência também são fatores importantes. Nos ataques de pânico, como dito anteriormente, os sintomas de ansiedade são potencializados, são episódios de medo intenso, dificuldade de respirar, boca seca, suor, sensação de perda de controle, pensamentos catastróficos, medo da morte entre outros sintomas desconfortáveis.
É possível de se imaginar que um indivíduo que sofre de crises de ansiedade ou ataques de pânico entra em um ciclo de evitações e esquivas, na tentativa de não entrar em contato com qualquer estímulo que possa gerar novamente uma crise. Porém, esse movimento acaba reforçando o estado de preocupação e tensão, além de trazer prejuízos sociais, comportamentais e emocionais para a vida da pessoa, podendo também, desencadear outros transtornos como depressão, agorafobia e também uso de substâncias (este, com intuito de reduzir / fugir da ansiedade maior)
As causas dos transtornos de ansiedade não são conhecidas, porém estudos apontam que provavelmente são multifatoriais, ou seja, incluem fatores genéticos, biológicos, cognitivo-comportamentais e psicossociais que contribuem para o aparecimento de sintomas de ansiedade, muitas vezes durante a infância.
Seja em uma crise de ansiedade ou um ataque de pânico, lembre-se: a sua ansiedade está disfuncional, enviando sintomas para o seu corpo, na tentativa de te proteger de algum perigo (que não existe). Ela é como uma onda, vem, trás diversos sintomas desagradáveis e depois vai embora.
A boa notícia é que existe tratamento, que normalmente é realizado com psicoterapia e medicação atrelada (quando necessário). Portanto se este é o seu caso, busque ajuda profissional o mais breve possível.
Um abraço,
Psi Alessandra Ribeiro




.png)





Comentários