Infertilidade: Desafios e consequências
- Psi Alessandra Ribeiro
- 7 de abr. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de dez. de 2020
Para a medicina, a infertilidade é a dificuldade de engravidar após 12 meses de tentativas, sem o uso de nenhum método contraceptivo. Porém, para os casais que vivenciam a infertilidade, essa definição é muito mais abrangente.
Ter filhos é o sonho de muitos casais. Porém, estatísticas apontam que 15% desses casais não conseguem engravidar naturalmente.
O impedimento de ter um filho é gerador de sentimentos negativos. Os casais entram em contato com emoções conflitantes, além da imposição da sociedade, que cobra por esse filho sem o cuidado de pensar em tudo que aquele casal pode estar vivenciando.
A infertilidade acaba tomando conta de todos os espaços da vida, principalmente da mulher, que carrega consigo a culpa, mesmo quando o fator de infertilidade não é feminino. É comum que mulheres tentantes se afastem e se isolem, deixem de sair e frequentar ambientes com bebês e crianças, que se sintam inferiores as demais mulheres e guardem para si esse sentimento de impotência, muitas vezes por não o compreender e não saber lidar com ele.

Sabemos que os fatores psicológicos podem interferir em uma gravidez natural. A ansiedade e estresse alteram os níveis hormonais que por sua vez, influenciam a ovulação da mulher, assim como na quantidade de espermatozoides no homem. Além disso, muitos casos possuem um fator agravante adicional e necessitam de interferência médica, o que aumenta a carga emocional envolvida, além de questões financeiras, que também são geradores de estresse.
Muitas vezes as emoções tornam-se tão dolorosas que afastam os casais das chances de concretizar o sonho, pois o medo acaba sendo tão grande que se transforma em um sabotador, que impede que o próximo passo seja dado, convencendo-os a permanecerem parados.
Mas, então como controlar a ansiedade e as demais emoções diante de tantos sentimentos conflitantes?
Procurar apoio psicológico é a maneira mais eficaz de lidar com as emoções envolvidas neste momento, seja para redução da ansiedade, desmistificar padrões e pensamentos errôneos, entender desejos, alinhar planos, ressignificar essa busca, desvendar sabotadores, trabalhar a aceitação e estratégias de enfrentamento, cuidar da relação do casal e muitos outros fatores que vivenciamos no dia a dia na clínica.
É preciso, antes de tudo, encontrar apoio médico e psicológico adequado, para então percorrer por esse caminho com mais leveza e saúde – física e emocional.
Sim, é possível. Cuide da sua saúde emocional, vem pra terapia!
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